Entre epidemias e utopias: o jardim secreto da saúde
- OM myself
- 21 de jul.
- 2 min de leitura
Desde que o mundo ficou de ponta-cabeça com a pandemia de Covid-19, muita gente entrou no ritmo frenético das notícias: saúde pública, vacinas, políticas, responsabilidades que vão e vêm, um zunido coletivo atravessando o planeta. Mas e aquela conversa sussurrada, quase esquecida, sobre saúde individual? Ela se perdeu nos corredores do nosso cotidiano.

Essa dança entre o "eu" e o "nós" é antiga, cheia de passos controversos. Tem quem diga que cada pessoa é só reflexo do tempo em que vive, moldada pelas mãos invisíveis da sociedade. Outros batem no peito e defendem: a sociedade é feita da soma de cada um de nós, tijolo por tijolo de vontade e consciência.
No primeiro compasso, o indivíduo é só uma miragem, parte de um quadro maior. Mas quando apagamos a centelha única de cada um, desaparece a entidade inteligente e a própria sociedade se esvazia, perde o fôlego e tropeça.
No segundo passo, a sociedade seria fruto do florescer de indivíduos livres — mas aí, meu caro, ética vira pré-requisito, e cada um precisa reconhecer a batuta que segura na orquestra social.
Eu? Confesso: acredito nesse segundo jeito de ver o mundo. Sim, a sociedade nos influencia — é uma corrente de dar e receber, de ressonâncias profundas. Mas sigo achando que é do indivíduo que o futuro brota, espontâneo, orgânico, feito um jardim sem cerca.
A pandemia, lágrimas já secas, virou passado; mas ainda ecoa a pergunta: quem fala de imunidade individual hoje em dia? Quem discute o poder silencioso do próprio corpo? Quem adoeceu, quem partiu? A verdade é uma só: foram, em sua maioria, os mais frágeis, com suas muralhas de defesa arruinadas.
Imagine só — uma terra de gente com imunidade forte, boas escolhas cotidianas, energia pulsando nas veias. Talvez nem precisássemos de vacinas, nem viveríamos tantas perdas. Utopia? Talvez. Mas utopias servem para nos educar o desejo.
E, no entanto: quem mudou de verdade? Quem deixou o fast food para trás, quem se mexeu mais, quem investiu em bons sonhos noturnos, quem aprendeu o mistério das próprias emoções? O palpite é amargo: a multidão ainda caminha no automático, acostumada à carência, aos alimentos de prateleira, ao sofá que vira poço de ansiedade, esperando que o Estado traga solução de bandeja.
Não aponto dedos aos governos do caos, que fizeram o que podiam com o susto de uma sociedade adoecida. Meu incômodo mora na passividade individual: a falta de iniciativa, de auto investimento, de acordar da própria apatia. Não é preciso cargo importante nem capa de herói para tomar decisões poderosas. Cada um de nós carrega o poder — e o dever — de cuidar do próprio terreno, e assim, irrigar, quem sabe, toda a terra ao redor.
Neste novo mundo, saúde não deveria ser peça de luxo ou coisa distante: deveria florescer de dentro para fora, cultivada, assumida. Porque, no fim das contas, é na vida miúda de cada dia que a sociedade ganha ou perde sua saúde.
Resta uma pergunta essencial, lançada no vento: O que eu e você aprendemos a fazer melhor com o vendaval chamado Covid-19?
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